12/18/2009
Deflorando a caverna
Guardada
Talvez por medo
Da dor ou do prazer lancinante
Ela o encontra
Palavras,toques e lambidas a excitam
A dúvida persiste: Render-se ou não?
O que era uma certeza
Foi demovida pelo desejo de ser traçada
Instinto?
Por que os corpos se ligariam nessa doída posição?
Um beijo torrido leva o vestido
Uma mordida no ventre leva sua calcinha
Nus
Os dois animais estão ali
Sem medo,apenas com intenso desejo
Delicadamente ele a devasta
No início uma pequena dor
As mãos dele percorrem o corpo dela até o ápice
Ele a toca, a prova, come e possui
Aonde foi a dor?
Um gemido ardente tem o dom de tranforma-lá
Em um gozo profundo e mútuo
Rouge Cerise
12/14/2009
Êxtase
12/11/2009
Quem tem medo do Lobo Mau?
Cabelos vermelhos sobre o ombro, o vestido curto cobria o seu corpo de mulher, disfarçado sob o semblante de Lolita de 20 anos de idade. Saiu de casa levando uma bolsa, com lanches para a sua querida avó
O lobo estava entre os arbustos, não sentia o cheiro dos quitutes, mas da presa que vinha pelo caminho, analisava cada passo.
Chapeuzinho assobiava lentamente, saltitando pela floresta com as coxas a mostra.
A visão do corpo escultural da moça e o cântico o excitava. Coxas, braços e um decote generoso. A soma de todos os desejos. Sabia bem o destino que ela seguiria, pois a observava sempre por aquele caminho, até chegar a cabana que ficava no interior da floresta. Sentia o cheiro da pele, e a vontade só aumentava
Correu pela floresta e alcançou a cabana.
Estava deserta.
Entrou e aguardou a chegada da linda figura vestida de vermelho.
Chapeuzinho bate a porta. Silêncio! Ela adentra procurando pela avó. Não a encontra. Cansada do trajeto e sozinha naquele lugar, passou a se despir lentamente. Tirou os sapatos, as meias, e o lobo escondido, desejava aquelas pernas. Retirou o avental e ficou apenas de calcinha revelando seu corpo nu.
O lobo não se contendo de desejo soltou um uivo. A moça se assustou e tentou cobrir-se, mas de repente, observa aquela figura: alto, pêlos cobrindo todo o corpo,virilidade.
A sensação de medo que a deixava arrepiada foi se transformando em tesão.
Ele apenas a olhava e salivava
O lobo a puxa para si e com as garras arranha as costas desnudas de Chapeuzinho, ela solta um gemido e se umedece. A fera a lança sobre a cama.
O calor da saliva felina, a excita a cada sugada e lambida.
Chapeuzinho o puxa para dentro dela.
Mistério!
Um lobo e uma mulher copulam.
Ao senti-la sobre seu colo, o lobo feroz amansa diante da bela chapeuzinho.
Desejo!Estocadas!
Juntos soltam um uivo.
Gozo e prazer !
Quem tem medo do lobo mau?
12/09/2009
VIOLE MEU CORPO
12/05/2009
Corpos gêmeos?
12/04/2009
Real ou Surreal
12/03/2009
A dança nua
Começa o jogo
Corações e mentes a postos
Nenhum dos dois pensa em recuar
Desejos aflorados
As palavras suprimem distâncias
Quando ele escreve, ele a toca
Ela sente e se entrega
Mudança de ritmo
corpos suados, distantes e tão próximos
Dois objetos do desejo
Um desejo que nem ambos sabem,
Somente existe
Um prazer que não pode ser medido
Uma dança descompromissada
Ele cola o seu corpo ao dela
Apesar da distância ela aceita
Quem conduz a dança?
Ele sabe aonde ir e ela também
Corpos unidos mas retraídos
Tensão ou tesão?
Exala-se um desejo
Reprimido não consumado
A dança termina
Os corpos não se desgrudam
Apenas ouve-se um som
Tórrido beijo!
12/01/2009
Conto de Fadas
Florestas no pensamento
Vagalumes a bailar
Árvores e vento em comunhão
A mente a vagar
Lua cheia mostra encanto
A fada chega de surpresa
Cabelos vermelhos ao vento
Pronta para amar
Ela chega de mansinho
Voz a sussurrar
Elementos da natureza
Beijos ao luar
Vagalumes a bailar
Árvores e vento em comunhão
A mente a vagar
Lua cheia mostra encanto
A fada chega de surpresa
Cabelos vermelhos ao vento
Pronta para amar
Ela chega de mansinho
Voz a sussurrar
Elementos da natureza
Beijos ao luar
(Marquês de Sórdido)
11/28/2009
A lenda da Onça de Vila Rica
Meia noite,praça escura de Ouro preto,silêncio,prédios antigos e o luar.
Um nobre vagabundo ,viajante do mundo, estava sempre atrás das maravilhas que a humanidade havia a oferecer.Sentou-se no banco e contemplava a riqueza dos detalhes das construções centenárias,as Igrejas deslumbrantes que ficavam ressaltadas com o cair da noite.
Pensava em como fora parar ali. Movido pelo desejo de conhecer e de se aventurar em coisas talvez não sagradas.
Na última parada, em São João del Rey ficou sabendo da lenda de Ouro Preto.Uma mulher, que tomava a forma de onça e atacava homens em pleno centro histórico.Chegara cedo à cidade e já havia visto bastante coisas,mas a lenda não saía de sua cabeça.Tudo poderia ser uma história de matutos, mas no fundo gostaria de ser atacado por aquela fera.
Cai a noite!
A cidade ia assumindo cada vez mais a escuridão imposta pela lua minguante,lampiões sendo acesos,os moradores locais e turistas foram se recolhendo.
A madrugada chegava, sereno e ansiedade. Qualquer barulho lhe atraía a atenção.Deitou-se no banco e passou a contemplar o céu
estrelado e reconfortante.A Lua cativava seus pensamentos. Deixou-se vencer pelo cansaço,cochilou e sonhos desconexos apareceram.
Silêncio.
Passos.
Sobressalto!
Ficou imóvel.
Seria a lenda ou uma realidade?
O coração deu uma leve disparada, o nobre fazia o menor barulho possível, sentia a presença da fera passeando e farejando-o.Sentiu-se observado, mas não abria os olhos para se certificar de sua presença.
Olhos fechados,sentiu um roçar de pele contra seu braço.
Pavor? Não, desejo.
Foi sendo dominado,cheirado,a onça realmente existia e esfregava a sua pele de ouro marrom demarcando território,ela encontrou o que queria,ele impassível apenas se deixou levar.
A onça o lambeu,a sensação daquela língua áspera, molhada sobre seu corpo, o deixava cada vez mais ansioso
Em um movimento certeiro, a onça pulou sobre o seu corpo,lambeu seus olhos e seus ouvidos.A língua pareceu-lhe tornar mais macia,mais delicada.Uma lambida em sua boca e novamente nos olhos.O desejo venceu, abriu os olhos lentamente.
A morena estava ali,cabelos vermelhos delicadamente arrumados por trás das orelhas e peito nu, já encostado no seu.Os pés descalços o entrelaçavam.
O beijo aconteceu em questão de segundos e foi correspondido com paixão.Longo,úmido ,o levou para longe.Esqueceu das belezas naturais da cidade e que estavam em plena praça pública.
A morena tirou a sua roupa e estavam ali, deitados,beijos ritmados, mãos certeiras e o olhar agateado
O momento a seguir se tornou totalmente indescritível, a sensação da penetração era sublime,conforto.
A onça morena soltava grunhidos e cavalgava com intensidade. Sentia aquele ato, como se fosse o último,cada movimento era um êxtase.
Gemidos mais intensos.Vaga-lumes e estrelas,a natureza eram cúmplices daquela misteriosa divindade meio onça, meio mulher.
Grunhidos e prazer!
O nobre Vagabundo, estava a beira da loucura,a morena não parava, era intensa e frenética,aproveitava cada segundo,sentia e dava cada vez mais prazer.Não era possível se distinguir as formas,parecia que estava a beira do desfalecimento.Sentia e ouvia.U
Uma cavalgada mais forte e mais acelerada,a onça urrou e sentiu o leite lhe invadir quente do jeito que ansiava todas as noites
O nobre vagabundo estava ali, parado e incrédulo,o gozo saiu-lhe como se tivesse passado por um portal de outra dimensão.Não sabia como descrever aquela sensação.
Fechou os olhos,sentiu que a morena havia saído de cima dele.Olhou para o lado e a viu.
A onça lambeu-lhe o olho e partiu
Ficou ali, admirando a beleza selvagem e o andar ritmado da fera
Mistério,segredo? Não!Muito mais....
11/27/2009
A Dama e o Nobre Vagabundo
Pensou por alguns minutos. O silêncio da rua a incomodava. Estava ali entre a traição ou a renúncia. Trairia o marido e se entregaria ao estranho que a tanto pertubara? Ou iria para casa e carregaria aquela dúvida pela eternidade?
De impulso, resolveu ir ao endereço dito ao telefone. Chegou. Nervosismo. Titubeou entre tocar o interfone e ir embora. Tocou. Silêncio do outro lado, barulho da abertura do portão automático.
Entrou e subiu as escadas para o segundo andar. Porta aberta. Coração aos pulos. Entrou. A sala vazia, um sofá, uma mesa de centro com duas taças e uma garrafa de vinho. Música suave, instrumental. Clima criado perfeitamente por quem entende. Ficou parada. Olhou e viu o seu objeto de desejo. Parado, na entrada da sala estava ele. Calça de moleton, camiseta básica e descalço. Sorriu para ela. Novamente ela se sentiu despida de seu vestido branco e de barra florida. Sorriu sem jeito e a cabeça baixou. Sentiu o rubror na face.
Ele indicou o sofá e ela sentou. O silêncio tomou conta da sala. Olhares, sorrisos no canto da boca e desejo. Sim, a sala exalava desejo. Pensou em puxar um assunto, pelo menos saber o nome dele. Quando tentou falar, sentiu aquele beijo a derreter por completo. Um beijo ardente e com uma paixão que não estava mais acostumada. Línguas e mãos funcionando em ritmo frenético. O coração parecia que lhe saltaria pela boca.
11/26/2009
Quem é o Marquês de Sórdido?
Um homem romântico?
Um leão feroz?
Fruto de um devaneio?
O nobre ordena que o decifre
Desato as correntes
Encontro um fogo ardente
Cantador de palavras
Explorador de desejos
Um espelho do que é a lascívia
Não quero descobri-lo
Em estado úmido imploro
Devora-me!
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11/25/2009
Embriaguez
Bebo sua essência
Embriago-me com seu sabor
Maravilhosa cereja
Lambo sua pele
Derreto sua resistência
Deixo-a de quatro
Chupo seu líquido
Teimosamente ele brota
Paixão e desejo
Penetro seu interior
Descubro seus segredos
Delicio-me com sua malícia
Gozo fundo
Prazer sublime
Êxtase infinito
(Marquês de Sórdido)
11/24/2009
A Dama e o Nobre Vagabundo
O olhar era penetrante. Firme e ao mesmo terno. Desejoso e carinhoso. Dualidade no olhar sempre a atraíra. O rapaz sentado no outro lado do bar, sozinho, não tirava os olhos desde o momento que chegara. Estava ali esperando o marido. Mas se sentia atraída pelo estranho.
Se sentia despida e revelada ali mesmo. A sensação ao invés de incomodar, a deixava excitada. Faltavam uns dez minutos para a chegada do marido. Mexia nos cabelos vermelhos, como se não notasse a presença dele. Mas era impossível não cruzar com seus olhares de vez em quando. Sentia a pele esquentar, assim como todo o corpo.
Se sentia despida e revelada ali mesmo. A sensação ao invés de incomodar, a deixava excitada. Faltavam uns dez minutos para a chegada do marido. Mexia nos cabelos vermelhos, como se não notasse a presença dele. Mas era impossível não cruzar com seus olhares de vez em quando. Sentia a pele esquentar, assim como todo o corpo.
O garçom veio ao seu encontro e lhe entregou um pedaço de guardanapo. Nele, um telefone e uma interrogação. Leu e imediatamente olhou para o desconhecido. Guardou o papel. Pensou, ficou nervosa com a chegada do marido cada vez mais próxima. O homem sentado do lado oposto sorriu discretamente com o desconforto da mulher.
Toca o telefone na bolsa. A mulher se atrapalha, deixa cair e atende. Era o marido avisando que não poderia ir ao encontro marcado, pois teria assuntos para resolver. Ela desligou o telefone. Pôs-se a pensar. Pediu a conta. Viu aquele homem, caminhar para a direção da rua. Sentiu-se triste. Retornou a pegar o telefone. Discou aqueles números do guardanapo. Desistiu ao ouvir o primeiro toque. Afastou o pensamento de traição da mente.
O telefone tocou. Número desconhecido. Atendeu com um leve tremor nos braços e nas pernas. Ouviu uma voz forte e suave ao mesmo tempo. O desconhecido retornou a ligação perdida, sabendo ser da mulher desejada. Tremeu dos pés a cabeça. Ouviu um endereço. Anotou mentalmente. A ligação caiu. Ficou estarrecida. Iria ou não? Se entregaria a um desconhecido em busca de uma aventura?
11/23/2009
Entregue-se
Conduza-me pelo seu mundo
Deixe que eu faça parte
Do seu presente
Sem se preocupar com o futuro
Arraste-me para o seu lado
Toque e sinta
O desejo percorre
A paixão floresce
Leve-me para a viagem
Que é estar na sua presença
Passeio inigualável
Sensação inebriante
Deite sobre mim
Deixe que os corpos falem
Penetre no infinito
Sinto o fogo ardendo sem queimar
Esqueça o mundo exterior
Nada mais importa
Estamos aqui dentro
a sós e o desejo por testemunha
Deixe que eu faça parte
Do seu presente
Sem se preocupar com o futuro
Arraste-me para o seu lado
Toque e sinta
O desejo percorre
A paixão floresce
Leve-me para a viagem
Que é estar na sua presença
Passeio inigualável
Sensação inebriante
Deite sobre mim
Deixe que os corpos falem
Penetre no infinito
Sinto o fogo ardendo sem queimar
Esqueça o mundo exterior
Nada mais importa
Estamos aqui dentro
a sós e o desejo por testemunha
(Marquês de Sórdido)
11/21/2009
Balada não romântica
11/20/2009
Mulheres e palavras
As palavras e as mulheres são exatamente iguais.
Temos de tratá-las com carinho. Sabendo como domá-las, elas te oferecem o mundo.
Não se consegue nada ao forjar palavras de maneira rude. O máximo que se consegue, são textos desconexos e sem charme.
O mesmo se aplica às mulheres. Temos que saber tratar. Carinho, delicadeza e inteligência. De modo contrário, ficaremos com as maçãs podres que se acumulam ao chão (como bem citou minha cara Rouge).
Muitos afirmam que as mulheres são misteriosas e difíceis. Assim como tantos outros têm dificuldade de lidar com as palavras.
A interpretação de ambas deve ser feita de maneira correta, pois se feita de qualquer jeito, o resultado pode ser justamente o contrário.
A observação da natureza feminina deve ser feita do mesmo modo que se aprecia um grande clássico da literatura. Sorvendo cada palavra, como se fosse cada centímetro do seu corpo. A cada capítulo terminado, um prazer dado.
A leitura e a escrita devem fazer parte de nosso cotidiano, assim como o amor.
Leia, escreva e ame!
Interprete, crie e compreenda!
Temos de tratá-las com carinho. Sabendo como domá-las, elas te oferecem o mundo.
Não se consegue nada ao forjar palavras de maneira rude. O máximo que se consegue, são textos desconexos e sem charme.
O mesmo se aplica às mulheres. Temos que saber tratar. Carinho, delicadeza e inteligência. De modo contrário, ficaremos com as maçãs podres que se acumulam ao chão (como bem citou minha cara Rouge).
Muitos afirmam que as mulheres são misteriosas e difíceis. Assim como tantos outros têm dificuldade de lidar com as palavras.
A interpretação de ambas deve ser feita de maneira correta, pois se feita de qualquer jeito, o resultado pode ser justamente o contrário.
A observação da natureza feminina deve ser feita do mesmo modo que se aprecia um grande clássico da literatura. Sorvendo cada palavra, como se fosse cada centímetro do seu corpo. A cada capítulo terminado, um prazer dado.
A leitura e a escrita devem fazer parte de nosso cotidiano, assim como o amor.
Leia, escreva e ame!
Interprete, crie e compreenda!
Marquês de Sórdido
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Mulheres,
Palavras
11/19/2009
Não decifrem,eu somente devoro
Não desejo que me definam
Sou a manifestação do meu desejo
Vezes em prosa e vezes em versos
Não sou um Nobre Vagabundo
Sou gotas de libido
Espalhadas ao vento
A quem não se apega às regras
O que cola é o velcro
Romantismo não me agrada
A quem quer ser definido
Somente desdenho
Sou insolente
Rouge Cerise
Marcadores:
Apresentação,
Insolente,
Rouge Cerise
11/18/2009
Decifra-me ou te devoro
Tente me definir
Sou o passado e o futuro
Nunca presente
Sou a tradição e o moderno
Fruto do amor e do proibido
Desejado e odiado
Libertino e divertido
Não me apego a regras
Nada cola em mim
Devasso e romântico
Dualidade?
Não. Consigo mesclar bem
Nunca obediente
Brinco com as palavras e com os sentimentos
Liberto e aprisiono
Tente me definir
Sou quase tudo e ao mesmo tempo nada
Nunca ausente
(Marquês de Sórdido)
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